Texto Base: João 1:14 (ACF) - "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade."
Introdução:
Amados irmãos e irmãs, a graça e a paz de nosso Senhor Jesus Cristo sejam convosco. Depois de contemplarmos a majestade da Trindade e a soberania amorosa de Deus Pai, nosso coração se volta agora para a Pessoa central da fé cristã, o próprio Jesus Cristo. Ele não é apenas um personagem histórico, um profeta ou um mestre moral. Ele é o "Deus Filho", o Verbo eterno que se fez carne, habitou entre nós e, por meio de Sua vida, morte e ressurreição, efetuou nossa salvação. O texto de João 1:14 é uma síntese gloriosa desse mistério: a união do divino e do humano em uma só Pessoa.
I. A Divindade de Jesus Cristo: Plenamente Deus
- O Verbo Eterno e Coexistente: João 1:1-3 e 14 são claros. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." Jesus é coeterno e coigual com o Pai. Ele não foi criado; Ele é o Criador!
- Possuidor de Atributos Divinos:
- Onipotência: "Toda a autoridade me foi dada no Céu e na Terra" (Mateus 28:18).
- Onisciência: Conhecia os pensamentos dos homens (Marcos 2:8), o futuro (Mateus 24).
- Onipresença: "Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" (Mateus 18:20); "Eu estou convosco todos os dias" (Mateus 28:20).
- Eternidade: "Antes que Abraão existisse, eu sou" (João 8:58); "Eu sou o Alfa e o Ômega" (Apocalipse 1:8).
- Realizador de Obras Divinas: Ele perdoou pecados (Marcos 2:5-10), ressuscitou mortos (João 11:43-44), controlou a natureza (Marcos 4:39). Essas são prerrogativas divinas.
- Recepção de Adoração: Adoração é devida somente a Deus. Jesus aceitou adoração (Mateus 14:33; João 9:38).
II. A Humanidade de Jesus Cristo: Plenamente Homem, Perfeitamente Sem Pecado
- A Necessidade da Encarnação: Para salvar a humanidade, Jesus precisava se identificar plenamente conosco. Ele assumiu a natureza humana para ser nosso Substituto e nosso Exemplo. Filipenses 2:5-8 descreve Seu "esvaziamento" (kenosis) – não de Sua divindade, mas de Sua glória e prerrogativas divinas, para tomar a forma de servo.
- Verdadeira Humanidade: Ele nasceu de mulher (Gálatas 4:4), cresceu (Lucas 2:52), sentiu fome e sede (Mateus 4:2; João 19:28), chorou (João 11:35), sofreu e morreu.
- Humanidade Sem Pecado: Hebreus 4:15 afirma: "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado." Sua impecabilidade era essencial para que Ele pudesse ser o sacrifício perfeito pelos nossos pecados. Ele tomou a natureza humana caída, mas não participou de suas inclinações pecaminosas.
III. A Obra Redentora de Jesus Cristo: Morte, Ressurreição e Ascensão
- O Sacrifício Expiatório na Cruz: O propósito de Sua vinda foi a cruz. 2 Coríntios 5:21: "Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus."
Ele foi o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29). Sua morte foi vicária (em nosso lugar) e satisfatória (satisfazendo a justiça divina). - A Ressurreição Vitoriosa: A ressurreição de Jesus é a pedra angular da fé cristã (1 Coríntios 15:17). Ela provou Sua divindade, validou Seu sacrifício e garantiu nossa justificação e futura ressurreição. O túmulo vazio é a nossa esperança.
- A Ascensão e Ministério no Santuário Celestial: Atos 1:9-11 narra Sua ascensão. Hebreus 4:14-16 e 1 João 2:1 nos revelam Seu ministério contínuo como nosso Sumo Sacerdote e Advogado no Santuário Celestial. Ele intercede por nós, aplicando os méritos de Seu sangue e nos concedendo graça e poder. Ele é o único Mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5).
IV. A Promessa de Retorno: A Segunda Vinda
- A Consumação da Esperança: A obra de Cristo não terminou na ascensão. Ele prometeu voltar (João 14:1-3).
- O Evento Literal e Visível: Atos 1:11: "Assim como o vistes ir, assim o vereis voltar." Será um evento glorioso e visível a todos.
- O Propósito do Retorno: Livramento final de Seu povo, restauração de todas as coisas, estabelecimento do Seu reino eterno.
- Nisto Cremos: "Voltará outra vez para o livramento final de Seu povo e a restauração de todas as coisas." (Crença 4, p. 31).
Conclusão: Amados, Jesus Cristo é o centro, a razão de ser da nossa fé. Nele, o infinito e o finito se encontraram para nos resgatar. Ele é o Criador que se tornou criatura, o Deus que se fez homem, o Eterno que morreu, o Justo que levou o pecado, e o Rei que voltará.
Que essa verdade nos leve a uma adoração mais profunda, a uma entrega total à Sua vontade e a uma vida dedicada a proclamar Seu nome. Não há salvação em nenhum outro, pois "debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12).
Chamada para Ação (CTA): Nesta semana, dedique tempo para meditar na vida, morte, ressurreição e ministério de Jesus Cristo. Leia passagens como João 1, Filipenses 2 e Hebreus 4. Se você ainda não O aceitou como seu Salvador pessoal, hoje é o dia de responder ao Seu chamado.
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