Texto principal: “Cantai louvores com inteligência” (Salmo 47:6-7) e “Apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus… que é o vosso culto racional” (Romanos 12:1).
Introdução
A música é um presente dado por Deus para elevar o pensamento humano à comunhão com Ele. O Salmo 150 nos mostra que louvar é uma ordem divina, mas o mesmo Deus que ordena o louvor também estabelece padrões para ele. O inimigo sabe do poder da música e procura corrompê-la para afastar o povo da verdadeira adoração.
Ellen G. White adverte:
“Antes da terminação da graça, demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança… os sentidos ficarão tão confundidos que não se poderá confiar neles para tomar decisões corretas. E isto será chamado de operação do Espírito Santo” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 36).
Vivemos num tempo em que a percussão proeminente — tambores, baterias, tamborins — tem invadido a adoração cristã, trazendo ritmos do mundo para dentro do santuário. Mas o que a Bíblia, o Espírito de Profecia e a boa ciência da música dizem sobre isso?
1. O padrão bíblico para os instrumentos no culto
Deus não deixou a música do templo à livre escolha do povo. Quando Davi organizou o serviço, seguiu ordem divina:
📜 1 Crônicas 15:16 – “E Davi disse aos chefes dos levitas que constituíssem seus irmãos, os cantores, com instrumentos músicos, com alaúdes, com harpas e com címbalos, que ressoassem e levantassem a voz com alegria.”
📜 2 Crônicas 29:25 – “E estabeleceu os levitas na casa do Senhor com címbalos, com alaúdes e com harpas, segundo o mandado de Davi, e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este mandado veio do Senhor, por intermédio de Seus profetas.”
➡ Observação: Os címbalos eram usados para marcar pausas ou transições, não para criar ritmo contínuo. Não há registro de Deus ordenar o uso de tambores no culto do templo.
Ellen G. White confirma:
“Os instrumentos de música foram empregados no serviço de Deus, mas não de uma maneira que produzisse sons vulgares e comuns, como os que se ouvem nas casas de espetáculo.” (Evangelismo, p. 512).
2. O exemplo de Davi: duas tentativas de levar a arca
Primeira tentativa – 1 Crônicas 13:8-10
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Havia harpas, alaúdes, tamborins, címbalos e trombetas.
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Usaram a festa popular para um ato santo.
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Resultado: Uzá morreu ao tocar na arca.
Ellen G. White comenta:
“O Senhor aceitaria a obediência exata, e não um culto segundo a imaginação humana.” (Patriarcas e Profetas, p. 706).
Segunda tentativa – 1 Crônicas 15:12-16
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Agora, somente levitas carregaram a arca, como ordenado por Deus.
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Instrumentos: alaúdes, harpas e címbalos — sem tambores.
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Resultado: alegria com reverência e aprovação divina.
Lição: O culto aceitável é aquele que segue o padrão divino, não as tendências culturais.
3. Impactos da percussão no corpo
A ciência confirma o que Ellen G. White já dizia:
“A música, quando mal empregada, é um dos mais sedutores meios para enredar as almas.” (Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 497).
Efeitos fisiológicos:
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Ritmos fortes ativam o sistema nervoso simpático, liberando adrenalina.
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Estimulam movimentos corporais involuntários, desviando do foco intelectual e espiritual.
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Produzem resposta física similar à de ambientes seculares de excitação.
4. Impactos na mente
Ritmos sincopados e repetitivos:
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Reduzem a atividade do córtex pré-frontal, responsável pelo raciocínio e tomada de decisão.
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Favorecem estados hipnóticos e emocionais.
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Criam dependência da sensação física, em vez da reflexão espiritual.
Ellen G. White adverte:
“Não se deve empregar a música como se fosse um poder mágico para fazer o que as orações e palavras não conseguem realizar.” (Evangelismo, p. 512).
5. Impactos espirituais
📜 1 João 2:15-16 – “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há… porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.”
A percussão proeminente traz para o culto o espírito do mundo, confundindo a fronteira entre o sagrado e o secular.
Ellen G. White declara:
“Satanás fará da música um laço, introduzindo-a no culto para que, através dela, o povo de Deus esqueça o seu dever e perca de vista os princípios sagrados.” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 38).
Conclusão
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O uso de percussão mundana no culto não encontra base no padrão bíblico.
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Fisicamente, agita o corpo; mentalmente, distrai; espiritualmente, desvia da reverência.
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O exemplo de Davi nos ensina que Deus não aceita culto fora da Sua ordem.
📜 João 4:23 – “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.”
Apelo
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📚 Referências Bibliográficas:
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Bíblia Sagrada – ACF.
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Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, vol. 2.
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Ellen G. White, Evangelismo.
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Ellen G. White, Patriarcas e Profetas.
-
Música — Sua Influência na Vida do Cristão.
-
Música no Tempo do Fim.
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